28 junho, 2008

Chris Martin (Coldplay) com a palavra

Entrevista com Chris Martin, do Coldplay, veiculada na revista Rolling Stone gringa, do dia 26 de junho desse ano (2008, para aqueles que acessarem esse post nos anos vindouros). Comentários mais abaixo.
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Você cresceu em uma parte rural, no sudoeste da Inglaterra, em um ambiente bastante religioso. Como isso afetou você?

Eu cresci com uma perspectiva do céu e do inferno bem alarmantes. A forma que eu fui criado era assim: se você algum dia pensar em seios, vai para o inferno. Era algo forçado: essas coisas são erradas. Era tudo preto e branco, bem como as coisas ainda funcionam para milhões de cristãos de direita no centro dos Estados Unidos. Eu passei um ano achando que seria punido por cantar “Sympathy for the Devil” (uma música dos Rolling Stones).

Punido do tipo, ir para o inferno?

Sim. Quando eu tinha 14 anos, a primeira banda da qual participei queria tocar “Black magic Woman” (música de Carlos Santana). Eu dizia, “eu não posso cantar isso pois terei um carma ruim”. Quando você é criança, não entende bem as coisas. Mas à medida que você vive, as rachaduras começam a aparecer, e você pensa, “não tenho muta certeza sobre essa coisa de inferno”. E eu não tenho certeza se é correto ser gay, e não sei ao certo se nós estamos certos e eles errados.

Você alguma vez pensou que poderia ser gay?

Era mais algo do tipo “ó, mer**, e se eu for?”. Eu fui ensinado quando criança que era algo errado. Mas isso ficou na minha cabeça. Quem se importa? E então deixou de ser um problema. Parece tolice dizer isso agora, mas quando você é criança, pensa em coisas do tipo, “eu vou queimar no inferno por toda a eternidade se eu gostar de outros homens ou se casar com alguma judia”.


Quais foram as músicas que primeiro mexeram com você?

Provavelmente “Bad”, do Michael Jackson, e “Take on Me” do A-Ha. Nós sempre íamos à Igreja, então o que eu mais ouvia eram hinos. Provavelmente é aí que vêm aquelas coisas de vida e morte em nossas músicas.

- Rolling Stone, Edição nº1055, 26 de Junho, 2008. Fonte: Blog do Dan Kimbal, Vintage Faith
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Lendo essa entrevista, pensei em algumas coisas:

- Quão distante ele está do pensamento que circula em algumas igrejas hoje? Creio que nenhuma, especialmente no tocante à questão céu/inferno. Refiro-me aqui ao crer ou não na existência factual de ambos.

- O pensamento da “direita cristã” americana é tão nocivo quanto o da esquerda cristã. Ambos são extremos e excludentes. E olho que digo isso admitindo ter um pé (ou ambos) na direita.

- Cantar Sympathy for the Devil ou Black magic Woman não fazem ninguém “fall from grace”, só para citar algo que ele próprio escreveu, talvez como um entendimento lógico do que acabei de escrever.

- Sempre achei que A-Há tivesse seu espaço garantido nos anais da música pop mundial. Digo isso com dedo em riste, bem como o Marco Bianchi, do RockGol.
Alguém acrescenta algo?

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27 junho, 2008

Download

Seguinte galera: todas as músicas do nosso player no MySpace estão, desde ontem, disponíveis para download. Não que importe, claro. Mas se você se interessa em colecionar relíquias, aproveite.

Essas músicas logo deixarão nosso repertório, e também o MySpace. Se você já deu uma ouvida nelas, sabe que a qualidade é fraca. Todas foram gravadas ao vivo, ou durante algum ensaio, e são apenas para registro mesmo.

Uma boa sexta-feira para todos!

Duda

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26 junho, 2008

Faça um favor a si mesmo 4

Acho que tem gente que nem lembra dessa série de posts. Na verdade, nem eu me lembrava, e como queria indicar novas músicas aos amigos e leitores, fui dar uma olhada no histórico de posts para ver se eu já havia iniciado algo a respeito. E, oh, já havia. Já falei sobre o Johhny Cash, o Andy McKee e a banda Leeland (se vc clicar nos links, vai ser direcionado para os posts).

Tenho duas indicações para vocês hoje. Uma delas acho que é nova para a galera, e a outra... bem, eu é que tô bem atrasado, mas tá maneiro.

A primeira, e mais óbia é o Jon Foreman.





Ele, como todos vocês sabem (menos eu, aparentemente) é vocalista da banda Switchfoot, que é bem legalzinha. Mas achei o som dele "solo" mais legal, lembrando Derek Webb, Damien Rice e demais, às vezes.

Ele lançou, no último ano 4EPs, cada um com seis músicas, inspirados nas épocas do ano: Fall, Winter, Spring e Summer. Não vou colocar links para downloads, se você quiser, vai saber procurar e achar.

As letras deles são excelentes. Vale a pena conferir. Esse é o link para o MySpace dele.

A outra dica é a banda Sentido Vertical.




Eu tropecei neles por acaso, um dia que o Lucas, membro da banda, postou o link apara o PureVolume deles na comunidade do Lucas Souza. O legal é que você pode baixar, gratuitamente, uma música deles no site (o link está aí em cima).

Espero falar um pouco mais deles, mas parece que o Lucas está fora por alguns dias. Assim ue conseguir "entrevistar" a galera da banda, coloco algo aqui.

É isso...

Duda

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11 junho, 2008

da série "anotações de livros", nº1

Em última instância, Deus sempre tem o controle da situação, e faz tudo de acordo com Sua vontade. Um bom exemplo disso é Jonas. Ele não queria ir pregar aos ninivitas, e fez de tudo para correr de Deus. No entanto, não teve escolha a não ser ir pregar, e Deus fez Sua vontade.

Em relação aos perdidos se dá da mesma maneira. Não há como se esconder do obstinado amor de Cristo e de Sua irresistível graça. Quem não ouve, de fato nunca teve ouvidos para ouvir. Já quem ouve, e aceita, não tem escolha: seu lugar é na seara. "Ninguém que lança mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus".

O calvinismo não é sobre a "arrogância" da eleição, mas sim, sobre a humildade de responder "eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim".

Anotado no livro "A Essência da Adoração", p. 52

03 junho, 2008

Vídeos

Na sexta-feira passada o Léo veio aqui em casa, pois havíamos pensando em ver alguns arranjos de músicas com a tin whistle que ganhamos. O único problema é que a tin whistle, como as gaitas, tem afinação fixa, ou seja, cada instrumento é feito para uma tonalidade. A que ganhamos é afinada e D (ré), e assim, só podemos fazer arranjos com músicas nessa escala.

Como resultado, gravamos três vídeos (que estão logo aí em baixo):

Jesus, Seja o Centro



Essa música, composta por Michale Frye, da Vineyard Music UK, foi gravada no segundo lançamento da Vineyard Music Brasil, o Vem, Essa é a Hora. O tom original é D (ré) mesmo, então só precisamos ver onde a tin whistle entrava, essas coisas.

Tu és Deus



Eu compus essa música em novembro de 2007, inspirado por uma mensagem pregada pelo pastor da Igreja em que sou membro, Márcio Miranda. Por sua vez, a frase usada por Márcio na mensagem é inspirada em outra pessoa, o missionário Jeffery Rennard, também membro da Igreja. Jeffery, que lidera um ministério chamado Celebrando a Recuperação, costuma dizer o seguinte: "Deus é Deus, e nós não somos". Essa frase simples diz uma verdade tremenda, e me inspirou na composição dessa música. O tom original dela é E (mi), mas como a mal... bendita flauta é em D... baixamos um tom.

Fonte és Tu de Toda Benção



Quem me conhece sabe da minha facinação por hinos. Temos tocado Fonte és Tu há uns dois anos já, além de outros hinos do Cantor Cristão e do Hinário para o Culto Cristão (HCC). Muito mais do que uma referência ao passado, esses hinos refletem as verdades atemporais que pregamos e cantamos. Os hinos são uma ótima forma de ensinar e aprender teologia prática. Seu uso não é trazer uma "velha unção", nem muito menos tradicionalismo: é, antes de tudo, amor à obra de Deus.

Para os que têm interesse e são observadores, dá pra reparar que eu não estou tocando numa afinação tradicional. Eis o que faço: para esse hino, eu uso a seguinte afinação: D A D F# A D (do mais grave para o mais agudo). Essa afinação se chama Open D, mas eu não a uso corretamente, óbvio.

Esperamos que vocês apreciem os vídeos, que não têm lá muita qualidade... mas enfim, tem gente que vem aqui e nunca ouviu a banda... assim vocês ouvem uma parcela de nós.

um abraço!

Duda