22 setembro, 2005

Opções

Eu estava pensando no que fazer com as minhas músicas. Claro, a resposta óbvia seria gravá-las, mas hoje em dia existe uma enorme gama de possibilidades e formas como podemos gravá-las. Ei-las:

1. Ao Vivo

Esta opção iria requerer uma Igreja, um bom equipamento de som e uma equipe boa para a gravação. Além disso, preciso de pessoas suficientes para encher a Igreja, e essas pessoas, de preferência, precisam conhecer minhas músicas... e pelo menos fingir gostar delas.

2. CD completo, em estúdio

O estúdio eu tenho, assim como as músicas. O que eu não tenho é a grana... para um projeto desse eu precisaria de pelo menos, uns R$ 2000,00, para ficar folgado, e gravando umas 10, 12 músicas. Mas ainda precisaria da grana para prensar o CD, o que custaria mais uns R$ 3500,00.

3. CD de demonstração, ou EP

Novamente, temos o estúdio, e uma oferta para gravar 2 músicas. Isso é ótimo. As duas músicas estão teoricamente prontas, o que não seria um problema. A grana não é tanta assim, também não seria um problema. No entanto, me questiono se duas músicas apenas é o suficiente para a pessoas sacarem a proposta da banda. Precisaríamos de dinheiro para mandar fazer uma capa... mais uns R$ 450, 500.

4. Gravar umas músicas na Igreja

Haveria essa possibilidade. O lance é, ainda não temos um sistema de gravação não-linear, ou seja, direto no computador e em canais... o que gravar, gravou, não mexe depois... e isso pode comprometer, e muito, o resultado final. No entanto, não gastaríamos nada, a não ser um lanche para o pessoal que ajudar e uma graninha para uma capa mais simples.

Sei que falar de gravação pode soar pedante, ou ainda, pode levar alguns a pensarem “pra que mais um CD evangélico?” Eu concordo. Para quê? E eu mesmo respondo: uma coisa é certa. Eu conheço 10 pessoas para as quais esse CD vai ser uma benção. E se fosse uma benção apenas para uma pessoa, já valia a pena de ser gravado.

O lance é... essas músicas são fruto dos 11 anos em que venho “trabalhando” com isso. É claro que daquela época, de 10 anos atrás, não tem nenhuma música, mas todas elas (e algumas eu me lembro com muito carinho) foram a base das que são compostas hoje... e cada uma delas é como um filho.

Tem uma, a mais recente, que talvez, muito talvez, seja a música oficial do congresso de jovens de minha Igreja este ano. Eu mandei a letra para minha noiva dar uma lida, e ver o que achava... eis aqui o que ela escreveu:

“oi more sei que qualquer coisa q eu fale você vai dizer “só isso??”, mas eu não sei o que dizer... hehe achei bonita a letra... e sempre lembra um pouco as letras do Asaph, só lembra... beijos”

Precisa de algo mais, além disso? Mesmo que apenas um pouco... elas lembram as músicas do Asaph Borba... hehehehehehehe

Abraços a todos (como se várias pessoas lessem isso aqui).

Duda

20 setembro, 2005

Oh Graça, tão linda e real

Eu creio, e me firmo, na Graça de Deus. Graça que se fez real em João 1:14, quando o Logos, o Verbo de Deus “se fez gente e habitou entre nós, cheio de Graça e de Verdade”. Eu creio que esta Maravilhosa Graça me cobre com a suavidade da seda e com a força do aço; suave pois ela é proveniente de um jugo que é leve, forte pois ela é o alicerce da minha salvação.

Eu creio que antes mesmo de eu nascer, Deus me elegeu antes da fundação do mundo e me predestinou para que eu fosse Seu filho por adoção, através de Cristo Jesus, tudo isso para a Glória de Deus pai (Efésios 1:3-6).

Eu creio na Bíblia como fonte de revelação e sabedoria vindas de Deus para o homem, para que este, mesmo em seu estado miserável, possa entender o mistério que é Cristo, o Verbo de Deus, encarnado para que morresse em nosso lugar.

Eu creio no advento do Espírito Santo, enviado em Pentecostes, como aquele que consola e intercede pelo povo escolhido, eleito pela vontade eterna do Pai. Creio que este mesmo Espírito nos concede poder para realizar aqui a obra que nos foi delegada: fazer com que o Nome de Cristo, que é sobre todo nome, e ao qual todo joelho se dobrará, seja conhecido.

Creio que minha salvação se deu em primeiro lugar, pelo fato de Deus ter me chamado para Si, e ter me enviado a Cristo, o qual não rejeita nem lança fora os que o Pai O enviou (João 6:37-44). E essa salvação me foi concedida pela Graça, por meio da fé, e não por obras, justamente para que eu não me enchesse de vanglória. É um dom de Deus (Efésios 2: 8-9).

Creio em Jesus Cristo, o autor e consumador da minha Fé. Creio que Ele veio ao mundo, viveu entre nós, pregou e ensinou por três anos, foi julgado e condenado, foi morto na cruz no lugar chamado Calvário. Mas a morte não pôde contê-lo, pois ao terceiro dia Ele ressuscitou dos mortos e hoje vivo está, à direita de Deus. Esse Jesus, a quem eu sirvo, eu amo profundamente – amor que se por um lado é imperfeito (visto que sou homem passível de falhas), por outro é perfeito e imutável (pois em Deus “não há variação nem sombra de variação”, Tiago 1:17).

Creio que todas as coisas foram criadas para Cristo e por Cristo, e por isso Ele deve ser adorado. Não há outro digno de adoração, assim como não há outro que possa nos comprar do império das trevas como Cristo pode e faz.

Assim, que toda a Glória no mundo seja dada a Deus Pai, e ao Seu Filho, Jesus Cristo.

É nisso que eu creio. Nisso embaso minha vida. Isso me leva a adorar, e isso me leva a levar outros a adorar.

13 setembro, 2005

Confissões

Deus às vezes nos deixa sem ação...

Ontem eu comecei a ler um livro: “Em Espírito e em Verdade, Cultivando o coração do Líder de Louvor e Adoração” (ou algo assim) do Andy Park, pastor e líder de adoração da Igreja Vineyard em North Langley, Canadá. Um livro muito bom, mas o título original é “To Know You More”, que é melhor que “Em Espírito e em Verdade” mas não cabe a mim decidir as traduções dos livros lançados no Brasil.

De qualquer maneira...

Eu comecei a ler o livro ontem. Li apenas o primeiro capítulo, onde ele conta sua experiência de início ministerial. Gostei muito. Mas me deixou com várias coisas (leia-se dúvidas) na cabeça.

Tudo, ao pé da letra, que ele viveu, sentiu, experimentou de pior em relação às vontades próprias, ego, soberba... eu me vi nisso. E fiquei sem palavras, literalmente. Tanto que no final do capítulo, ele diz que devemos ser como Davi no Salmo 131, versos 1 e 2:

“Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo em assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo.”
Mas a minha oração é bem diferente:
“Senhor, o meu coração é soberbo, e os meus olhos são altivos; me ocupo com assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. Minh’alma não tem estado nem calma nem sossegada; qual criança faminta sobre o seio de sua mãe, qual criança insatisfeita está a minha alma para comigo.”

Constatei que após 12 anos de conversão e iguais 12 anos servindo a Deus (ou a mim mesmo) no Louvor, eu tenho me preocupado muito mais em fazer uma carreira do que abençoar e ser abençoado – mesmo que nesta loucura, Deus tenha reservado para mim momentos tão grandiosos em Sua Presença. Mas ainda assim, me senti sujo com esse pensamento.

Na preocupação por ser autêntico e desenvolver um estilo próprio, julguei os que iam na “crista da onda”, imitando aquilo que outros líderes e dirigentes faziam em suas ministrações. E isso não tem feito nada a mim a não ser me tornar uma pessoa áspera.

O fato é, embora ninguém me leve a sério ou acredite nisso, meu chamado se deu antes da “explosão” desse movimento de adoração que há no Brasil nos dias de hoje. É claro que na época havia grandes grupos de louvor, Igrejas empenhadas na adoração a Deus, gravadoras investindo pesado em marketing, mas simplesmente não havia ícones como há hoje. E para mim, compor canções de louvor e adoração a Deus foi muito natural, veio junto à minha conversão (mais uma identificação com o Andy Park).

Mas daí veio o pensamento perverso, a perda do foco principal. De 4, 5 anos para cá tenho tentado por minhas próprias forças me tornar algo, ser algo. O que era natural tornou-se artificial. E eu não estava reparando isso até pouco tempo atrás (não, isso não começou a me incomodar ontem, com a leitura do livro, embora possa ter parecido). Quanto mais tenho tentado me aproximar de Deus e conhecê-Lo mais, duplamente mais tenho visto o quão podre sou, e chego a me perguntar se meu estado depravado não é até mesmo pior ao que era antes de ser chamado para a Maravilhosa Luz do Senhor. Junto-me a Paulo, Lutero e Calvino ao dizer que, dos pecadores sou o mais imundo.

Deus já usou outras pessoas para confirmar meu chamado, e não tenho dúvida dele. Também não tenho dúvida de que Ele me ama e me usa apesar de mim mesmo. Minha única dúvida é quanto ao caminho que tenho andado se tenho buscado a glória minha ou a glória de Deus.

A princípio não vou alterar aquilo que tenho imaginado e compartilhado com alguns irmãos, pois creio ser de Deus. A questão é o que vou fazer depois disso. Peço a misericórdia de Deus sobre a minha vida e Sua providencial mão para me guiar sempre.

É isso. Se você tem alguma coisa a me dizer, sei lá, se Deus te tocar para me falar alguma coisa, me escreve (eduardomanomail.com), ou comenta aqui. Será muito bem vindo e ouvido em oração. Mas peço que orem por mim. Sempre.

No Amor de Deus Pai,

Duda

05 setembro, 2005

Ensaio, 03 de setembro de 2005



Sábado tivemos um ensaio. Fica até difícil falar alguma coisa sobre aqueles momentos.

Basicamente, o que passamos e praticamente fechamos foram duas músicas: “Tua Mão” e “O Teu Amor, Senhor”, ambas minhas. Eu acho que “Tua Mão” ficou bem a cara do Caedmon’s Call, mas o Fabiano achou que era parecida com Jeremy Camp... quem me dera ficasse parecida com qualquer uma das duas opções!

“O Teu Amor, Senhor” é um antigo hit (hehehehe) da época do Mais que a Vida, mas a nova roupagem está bem melhor... baixo e guitarra deram uma nova vida à música.

Ainda brincamos um pouquinho tocando alguns hinos... “Sou feliz com Jesus”, “Vós Criaturas de Deus Pai” e “De Todas as Tribos”. Se a gente trabalhar nelas um pouquinho mais, daqui a pouco entram para o repertório. Eu gostaria muito de formar um repertório com a releitura de uns 10 hinos, tanto do Cantor Cristão quanto do Hinário para o Culto Cristão. Existem coisas muito boas lá. Quem sabe a gente não inclui ainda “Fonte és Tu de toda Benção”, e então definitivamente a gente vira a David Crowder Band... hehehehehe.

Eu fiquei muito feliz com esse ensaio. Tenho ao meu redor músicos que literalmente não precisam ser conduzidos. É só deixar rolar e pronto, ficou. A gente fecha um arranjo em menos de 15 minutos, fácil, fácil.

Quem dera o vocalista fosse um pouco melhor... hehehehe... mas até que eu gostei da minha voz no sábado. E isso é bom.

Tem algumas fotos aí do ensaio, da galera... espero que gostem. Esses são meus irmãos, não só no sentido “crente” da palavra.

Deus tem sido bom. Muito bom. Glórias a Ele para sempre.

Abraço a todos, e aproveitem as fotos!

Duda


Binho (guitarra) e Eu, cortados pelo prato da bateria


Fabiano (bateria) e as baquetas de R$ 4,00


Nagel (violão) emoldurado pelo Binho


Dilon (baixo) e a bateria brilhante