Mark Driscoll, parte 1
Mark Driscoll ainda não publicou uma obra extensa sobre suas crenças teológicas (como uma Teologia Sistemática), mas seus sermões, palestras e livros provêem bons dados sobre sua fé. Ele descreve a si mesmo como “em primeiro lugar, cristão; em segundo, evangélico; em terceiro, missional; e em quarto, reformado”.
Em uma conferência de pastores em 2005 Driscoll caracterizou-se como um “calvinista carismático” (ou reformado carismático). Ele crê que todos os dons espirituais estão ativos hoje (mas apenas pela divina intervenção de Deus; ele não é um cessacionista) e é um calvinista de 5 pontos (nota: mesmo porque não há outro tipo de calvinista).
De acordo com uma entrevista de julho de 2004 para a revista Cristianismo Hoje, Driscoll descreveu a Igreja que ele lidera como “teologicamente conservadora e culturalmente liberal”. Ele é mais conhecido por suas visões sobre missiologia e assuntos relacionados aos sexos.
Emerging x Emergent
(Nota: Em Inglês, há uma diferença entre os termos Emerging e Emergent, usada ao longo do vídeo. Em português, não há diferenciação entre ambos, e o único termo usado aqui no Brasil é Emergente. Por isso, para ficar mais fácil de entender, usarei os termos Emergent e Emerging, quando necessário, em inglês mesmo).
O conceito de Emerging Church era parte de uma conversa que eu participei nos anos 90, e o que se falava na época era sobre alcançar gerações, o que na verdade não foi uma boa conversa, pois era focada em faixas etárias, o que é bastante limitado. Eu fui colocado em uma equipe de palestras, com uma liderança que trabalhava com conferências na Califórnia, em uma pequena plantação de Igreja. Eu estava com vinte e poucos anos. Então nós mudamos aquela conversa para a pós-modernidade, a transição em uma cultura pós-moderna. Minha formação acadêmica é em filosofia, com uma tese em epistemologia (...) e a transição de um mundo moderno para o pós-moderno, e disso tudo veio a Emerging Church, o que não passa de um termo que se refere àquelas igrejas e pastores jovens que estão tentando chegar a uma conclusão sobre como fazer Igreja em um mundo pós-moderno.
Há uma corrente dentro desse movimento que se chama Emergent, obviamente os nomes são totalmente confusos, que tem uma natureza mais liberal... eu diria que há quatro diferente correntes nesse ponto: Há os Emergent, que são mais liberais, e que negam pontos como Expiação Substitutiva, Autoridade das Escrituras, Exclusividade de Cristo, Pecado Original... e então há aqueles que são basicamente evangélicos, mas tentam inventar novos tipos de Igreja, como aqueles que mantém igrejas caseiras, pequenas e novas comunidades monásticas... teologicamente são novas formas de Igrejas, moderadas e evangélicas. Há também aqueles que mantêm a tradição e a teologia evangélica e tentam apenas dar um upgrade na música, no estilo, tentam fazer tudo de forma mais moderna e legal, dentro das tendências, igreja 2.0 para os jovens, e então há a quarta corrente, que penso ser uma corrente por uma nova reforma, de homens que mantém as distinções da Teologia, mas também estão interessados em como a Igreja se comporta como uma agência missionária dentro da cultura pós-moderna. Então, assumindo que estamos em uma cultura secularizada, na qual estamos, que tem necessidade da Igreja, a qual tem, a questão é: como devemos funcionar como missionários, emergindo uma Igreja fiel para a cultura pós-moderna. Como essa Igreja se porta para efetivamente ser missional, realizar trabalhos missionais?
Pense nos missionários que nós enviamos para outros paises e culturas, para que os alcancem. Nossa nação é tão secularizada, em todos os sentidos, quanto qualquer outra nação no mundo... 3500 igrejas morrem e fecham todos os anos, (...) as Igrejas não estão indo bem, os jovens não estão indo à Igreja. Então a questão é: se nós fossemos missionários e fossemos enviados a este lugar, o que faríamos?
Então esta é a conversa, como um missionário se porta na América? Como uma Igreja missional se porta na América, e essa... as respostas a estas questões estão emergindo, e essa é a parte emerging.
---
Não, não existem pastores assim no Brasil, ainda.
A parte 2 desse post já está quase pronta.
Em uma conferência de pastores em 2005 Driscoll caracterizou-se como um “calvinista carismático” (ou reformado carismático). Ele crê que todos os dons espirituais estão ativos hoje (mas apenas pela divina intervenção de Deus; ele não é um cessacionista) e é um calvinista de 5 pontos (nota: mesmo porque não há outro tipo de calvinista).
De acordo com uma entrevista de julho de 2004 para a revista Cristianismo Hoje, Driscoll descreveu a Igreja que ele lidera como “teologicamente conservadora e culturalmente liberal”. Ele é mais conhecido por suas visões sobre missiologia e assuntos relacionados aos sexos.
Emerging x Emergent
(Nota: Em Inglês, há uma diferença entre os termos Emerging e Emergent, usada ao longo do vídeo. Em português, não há diferenciação entre ambos, e o único termo usado aqui no Brasil é Emergente. Por isso, para ficar mais fácil de entender, usarei os termos Emergent e Emerging, quando necessário, em inglês mesmo).
O conceito de Emerging Church era parte de uma conversa que eu participei nos anos 90, e o que se falava na época era sobre alcançar gerações, o que na verdade não foi uma boa conversa, pois era focada em faixas etárias, o que é bastante limitado. Eu fui colocado em uma equipe de palestras, com uma liderança que trabalhava com conferências na Califórnia, em uma pequena plantação de Igreja. Eu estava com vinte e poucos anos. Então nós mudamos aquela conversa para a pós-modernidade, a transição em uma cultura pós-moderna. Minha formação acadêmica é em filosofia, com uma tese em epistemologia (...) e a transição de um mundo moderno para o pós-moderno, e disso tudo veio a Emerging Church, o que não passa de um termo que se refere àquelas igrejas e pastores jovens que estão tentando chegar a uma conclusão sobre como fazer Igreja em um mundo pós-moderno.
Há uma corrente dentro desse movimento que se chama Emergent, obviamente os nomes são totalmente confusos, que tem uma natureza mais liberal... eu diria que há quatro diferente correntes nesse ponto: Há os Emergent, que são mais liberais, e que negam pontos como Expiação Substitutiva, Autoridade das Escrituras, Exclusividade de Cristo, Pecado Original... e então há aqueles que são basicamente evangélicos, mas tentam inventar novos tipos de Igreja, como aqueles que mantém igrejas caseiras, pequenas e novas comunidades monásticas... teologicamente são novas formas de Igrejas, moderadas e evangélicas. Há também aqueles que mantêm a tradição e a teologia evangélica e tentam apenas dar um upgrade na música, no estilo, tentam fazer tudo de forma mais moderna e legal, dentro das tendências, igreja 2.0 para os jovens, e então há a quarta corrente, que penso ser uma corrente por uma nova reforma, de homens que mantém as distinções da Teologia, mas também estão interessados em como a Igreja se comporta como uma agência missionária dentro da cultura pós-moderna. Então, assumindo que estamos em uma cultura secularizada, na qual estamos, que tem necessidade da Igreja, a qual tem, a questão é: como devemos funcionar como missionários, emergindo uma Igreja fiel para a cultura pós-moderna. Como essa Igreja se porta para efetivamente ser missional, realizar trabalhos missionais?
Pense nos missionários que nós enviamos para outros paises e culturas, para que os alcancem. Nossa nação é tão secularizada, em todos os sentidos, quanto qualquer outra nação no mundo... 3500 igrejas morrem e fecham todos os anos, (...) as Igrejas não estão indo bem, os jovens não estão indo à Igreja. Então a questão é: se nós fossemos missionários e fossemos enviados a este lugar, o que faríamos?
Então esta é a conversa, como um missionário se porta na América? Como uma Igreja missional se porta na América, e essa... as respostas a estas questões estão emergindo, e essa é a parte emerging.
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Não, não existem pastores assim no Brasil, ainda.
A parte 2 desse post já está quase pronta.