12 dezembro, 2008

Artistas Independentes - um bate papo

Outro dia eu li que um artista independente conseguiria “viver” de sua arte se tivesse uma base de 10.000 fãs, ouvintes, aficionados... 10.000 pessoas que estariam ansiosas por ouvir aquilo que você produz.

É claro que o texto foi escrito por um americano, ex-membro de uma banda relativamente famosa e que hoje circula os EUA com um trabalho solo. Ele, ao partir para sua carreira solo, automaticamente trouxe consigo um pequeno exército de fãs, gente que apreciava sua banda anterior.

Mas vamos trazer isso para nossa realidade brazuca.

No Brasil, nosso mercado é comandando por duas ou três gravadoras, e no Rio a situação é ainda mais sintomática, já que todas essas gravadoras têm atuação muito forte aqui. Isso quer dizer que nós, artistas independentes, precisamos vencer a principal das barreiras: o preconceito que as pessoas têm do que é novo, diferente, e muitas vezes, sem selos.

Uma das saídas desse beco seria a união. Se uns aos outros nos apoiássemos, indicando, vendendo uns o produto dos outros em cultos e apresentações, sem se preocupar se isso faria com que seu material vendesse menos, talvez pudéssemos alcançar mais pessoas. Outra possibilidade seria a luta armada, mas aí a coisa seria menos romântica.

Mas como todos sabemos, eu não sou detentor de nenhuma resposta, e sei que tem gente bem mais capaz de oferecer dicas do que eu. Gostaria de ouvir a sua opinião, sério mesmo. Seja você um artista ou não, e independente de qual arte você faça (música*, literatura, fotografia, artes plásticas...)

Vamos, dêem seus pitacos. Espero que seja interessante.

* Não vou fazer distinção entre tudo aquilo que a música cristão possa representar. Portanto, se você toca MPB, jazz, rock, hardcore, adoração, adoração extravagante, e todas as expressões musicas que temos em mãos, por favor, participe.

11 Comments:

Blogger Fred said...

Realmente a situação é complicada cara,mais ainda no para o cara que toca musica cristã,normalmente a maioria dos cristãos tem pouco interesse de descobrir coisas novas,acho sinceramente que sua ideia é otima,acho q os sites sobre musica alternativa cristã deveriam tambem ser mais ativos nas igrejas e outros meios de comunicação que atinjam cristãos,sei la cara criar uma especie Cornerstone brasuca,sei que é dificil,mas esses festivais começaram do zero.

5:22 PM  
Blogger André Decotelli said...

fala mano, esse site que tu colocou o cd para download é free? O fileqube? To querendo um para colocar músicas minhas no meu blog para download...eu coloquei uma lá do rapidshare, mas só podem 10 download...se der me dá um toque!

Abraço!

7:07 PM  
Blogger Eduardo Mano said...

Frederico, muito obrigado pela visita e pelo comentário. Os cristãos geralmente têm receio ao que é novo, tanto na literatura quanto na música. É uma pena, pois fica restritos ao mesmo de sempre. A idéia do cornerstone brasuca é boa, seria bem interessante. Quem sabe não conseguimos tocar isso pra frete? Você tem banda? Qualquer coisa me adiciona no msn: edumano2@hotmail.com

André, fico muito feliz com suas cada vez mais constantes participações por aqui. Não sei se vc viu, mas já te linquei aí ao lado. O Fileqube é gratuito, eles têm um problema de permissões de download, mas nada grave, nunca tive problemas. O serviço é bom e garantido. Ah, não esqueça de me avisar quando colocar o material pra donwload, com certeza terá divulgação aqui.

Espalhem o link amigos, vamos colocar essa conversa para frente.

abraços!

11:57 AM  
Blogger Diego C. Marins said...

olá eduardo!

bom, com certeza vc não vai lembrar de mim... mas eu vou na ITA a bastante tempo (congrego na Comunidade Evangélica Jesus Vive) e já ouvir falar muito (bem, por sinal...rs) de vc, além de ter te visto lá algumas vezes.

Bom, eu também tenho banda (estamos começando agora...) e estou finalizando a gravação do nosso primeiro EP. Assim como o trabalho ed vcs, o nosso vai estar disponibilizado na internet, exatamente pelo fato de que é muito difícil conseguir um espaço nesse meio. Obviamente, nós ainda nao temos um público definido, porque ainda não começamos de fato. Mas mesmo para bandas com mais estrada, realmente é muito difícil sobreviver. Até porque, mesmo que se consiga a façanha de entrar no "esquema" das gravadoras, isso pode significar a extinção da autenticidade da banda, tendo em vista a adequação comercial que se faz(principalmente pelas tais dominadoras do mercado brasileiro).

Então, ficamos com um dilema: Suar muito mais para tentar alcançar alguma projeção ou entrar no jogo "comercial" dos selos?

É uma questão a se pensar... Mas, de fato, a sua proposta é, na minha opinião, a mais coerente: a união (afinal, ela não faz só açúcar ne??)

11:27 AM  
Blogger Elly Aguiar said...

Bixo ainda sou meio grilado com essa coisa de música grátis na Net, em troca de divulgação. A Trama fez isso aqui em SP, e continuo não conhecendo o Casting de artistas deles.
Mas de forma simples, encontrei minha maneira de divulgar meus amigos, que é cantando suas canções. E sempre que tenho oportunidade faço!
Abraço
EllyAguiar

1:17 AM  
Blogger Eduardo Mano said...

Diego, a resposta é tardia, mas o contato já foi feito. Entrando o ano, vamos nos reunir. Certamente Deus vai nos dar alguma idéia boa.

Elly, cara é sempre uma honra ter você por aqui. Muitos artistas ainda têm uma pulga atrás da orelha com o lance da distribuição pela internet. A própria Trama Virtual eu nem sei como funciona. Mas é aquilo: no meu caso, dando o material de graça pela internet, as coisas têm ido bem: Oficialmente, já tivemos mais de 850 downloads, fora os extra-oficiais. Nesse sentido, tem coisa acontecendo que nem imaginava: o EP tá rodando digitalmente em estados brasileiros onde não teríamos acesso, além de ter gente em Portugal e na Espanha ouvindo o material.

Não sei como equalizar a questão, mas a idéia desse espaço é justamente que troquemos idéias.

A sua forma de ajuda é excelente: divulgar a música tocando-a. Sou muito grato por vc ter tocado minha música na sua igreja, e sei que tem feito isso com músicas de outros artistas. Certamente essa é uma maneira válida de ajudar. Taí mais uma idéia.

abraços!!

5:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

Como pude ver, vários aqui tem suas bandas e talz... não é diferente comigo. EU tenho um pensamento. Para que haja uma revolução é necessário que a força e o pensamento seja único. Se o propósito é popularizarmos a idéia das bandas independentes, estou dentro com a minha banda, e disposto a fazer a idéia acontecer... e se rolar alguma coisa por aí, Mano, entra em contato que estamos dispostos a ajudar e sermos ajudados tb!!! E Deus abençõe os trabalhos independentes!!! hehehe

6:13 PM  
Blogger Reinam Ribeiro said...

Não tenho banda no momento, mas estamos trabalhando nossas músicas e esperando o pessoal certo.

Todo mundo gosta de indicar o som que está curtindo, imaginem então se você conhece o artista, indica ainda mais. Acho que a idéia é ter relacionamento, e sempre apresentar o trabalho nas oportunidades que tiver.
Quando você faz esse vínculo com as pessoas, elas ficam próximas a você. Quanto mais amigos melhor, é preciso transformar esses contatos em comunicação, e seu trabalho vai pra frente.

6:06 PM  
Blogger Eduardo Mano said...

Matheus e Reinam, a grande idéia por trás disso é realmente termos apenas um só pensamento, vocês estão certos. A questão é que muitas vezes pensamos apenas no nosso próprio bem, e não na coletividade.

Creio que quando deixamos de lado alguns de nossos próprios interesses, abrimos uma porta muito preciosa. Afinal, se tem 10 pessoas que curtem o meu som e são minhas amigas e estão dispostas a levar meu trabalho por onde elas forem, o poder de disseminação da arte é potencializado.

Quais passos devemos tomar agora?

12:57 AM  
Anonymous Anônimo said...

Olá! Sou nova aqui, mas vou entrar de pé e cabeça no bate-papo! hehehe!:)
Nossa, esse assunto é realmente complicado, né. Dá um nó na cabeça só de pensar que músicos independentes, extremamente bons, não tem vez por contra do preconceito que há do novo, do desconhecido.

Acho que não sobra muita alternativa a não ser o bom e fiel boca-a-boca. Do tipo: Ô, vizinho... Não é que eles são bons mesmo? hehehe!

2:31 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não sou músico, mas desde sempre consumidor de música.

Tenho 34 anos e destes, pelo menos, 20 anos ouvindo musica independente.

Esta discussão sempre existiu no meio independente, seja secular ou cristão.

Eu, como ouvinte de bandas independentes, sempre procurei nelas algo novo, sem as mesmices das (antigas) grandes gravadoras que transformavam música em produto.

No meio cristão temos ainda mais este senso de ojeriza da novidade, como se tudo que fosse novo tivese cheiro de heresia, sendo que as maiores heresias estão justamente no "mercadão".

A idéia de união é boa, mas não consigo acreditar nela. Em diversas tentativas o vil metal falou mais alto...

Diante disto acredito na sinceridade de ser artista, de comunicar, de ser integro no que quer passar. Pelo menos comigo, este é o termômetro na hora de comprar algum disco de cantores e bandas independentes...

Como diria a "poeta" Pitty, "o importante é ser você, mesmo que seja bizarro!" rssssss

Nunca pensei que citaria a "filósofa" soteropolitana! hahaha

Não sei se ajudei muito, mas fica a minha opinião.

4:43 AM  

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